Rio: homem invade escola, mata alunos e se suicida
Menina segura flor durante velório de Larissa dos Santos, 13 anos, morta na quinta-feira por um jovem que invadiu uma escola no Rio de Janeiro e abriu fogo contra os alunos
Atentado
Um homem matou pelo menos 12 estudantes a tiros ao invadir a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã do dia 7 de abril. Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, era ex-aluno da instituição de ensino e se suicidou logo após o atentado. Segundo a polícia, o atirador portava duas armas e utilizava pelo menos 10 dispositivos para recarregar os revólveres rapidamente. As vítimas tinham entre 12 e 14 anos. Outras 18 ficaram feridas.
Realengo: menina de 12 anos era vaidosa e queria ser modelo
A tia e madrinha da pequena Mariana Rocha de Souza, de 12 anos, morta na manhã de quinta-feira (7) no massacre da escola de Realengo, Rio de Janeiro, contou que a menina era muito vaidosa e queria seguir a carreira de modelo. Foi o irmão dela, que estudava na mesma escola, que contou o que aconteceu. Ao ouvir os tiros, a professora mandou todos deitarem no chão e, quando os disparos cessaram, liberou a turma. O menino foi correndo para casa, procurando a irmã, mas não a encontrou.
Destino como o de Mariana também teve Karine Lorraine, de 14, que queria seguir carreira no esporte. Ela fazia atletismo na escola de formação de praças da Polícia Militar em Sulacap e estava empolgada em seguir carreira no esporte. "Ela dizia que tinha que tirar notas boas para continuar praticando esportes", disse a avó, Neusa Candelária da Cruz Ferreira, 63.
A idosa estava inconsolável no Instituto Médico Legal (IML), onde foi reconhecer o corpo da aluna do 8º ano, a quem criou. "Por que, meu Deus? Minha netinha saiu de casa para estudar e acabou num saco preto. Quero minha neta de volta", gritava, amparada por amigos. Ela ficou sabendo da morte da neta por uma coleguinha da menina.
Assim como outras famílias fizeram, Neusa resolveu doar os órgãos da neta. "Isso vai amenizar um pouco a minha dor, saber que os olhinhos da minha netinha vão ajudar a quem precisa", declarou a ambulante Neusa.
A escola Municipal Tasso da Silveira amanheceu com flores, velas e cruzes com nomes dos mortos, em homenagens às vítimas.
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